quinta-feira, 29 de maio de 2008

A visão de um problema antigo

Após se desfazer com um pouco de tristeza do meu meio de condução, para estar gerando lucros em ações para sobreviver em nosso querido mundo capitalista, eu experimentei a doce amarga realidade do cotidiano da massa usuária do nosso maravilhoso sistema complexo de transporte público. Pude comprovar a maravilha, hoje ao retornar do grande debate que são as minhas aulas de Pós Graduação em Meio Ambiente, os cinquenta usuários pagantes, dividiram respeitosamente todo o espaço físico do moderníssimo coletivo, com outras 150 crianças aproximadamente, mas você leitor deve tá se perguntando, 150 crianças? é isso mesmo? SIM! a cada parada solicitada se tornava extremamente complexo se retirar daquele maravilhoso coletivo, ae me perguntei: "Será que o nosso prefeito um dia andou de ônibus em campos?", pergunto mais ainda, "será que ele pegaria um coletivo para ir curtir um show dos "vereadores" nos bairros"??? isso eu não sei responder, mas que ele curte um helicóptero para sambar no carnaval carioca, ISSO é FATO!


Gestãozinho podre de "paz e competência"

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Provérbio do Dia

"Quando o dinheiro fala, tudo cala."

Será?

O ano era 2048...
O vento de agosto, agora deslocado para o mês de novembro pelas alterações climáticas sufocava com seu hálito quente e arenoso...
A planície maltratada se transformara em uma paisagem desértica com pequenas dunas que se moviam ao sabor dos deslocamentos do ar...
O rio paraíba se transformara em pequenas poças infectas...
lagunas ou pântanos de esgoto à céu aberto...
Se é que poderíamos chamar o cinzento e modorrento firmamento de céu...
A fumaça das usinas de carvão e das indústrias de transformação da indústria do petróleo carregaram o ar tal qual a esquecida Cubatão do século XX...
Após anos e anos de lutas, idas e vindas e disputas sangrentas pelo poder, Campos dos G. foi elevada a categoria de território federal...
Com suas reservas de petróleo, e com o advento da escassez desse produto o governo e os parlamentares federalizaram o município e transferiram para cá boa parte do arsenal de marinha, exército e aeronáutica...
No porto do Açu, estatatizado após um calote dado pelo seu "empreendedor" nos credores e nos fundos municipais, que quebraram, estava boa parte do esforço de guerra brasileiro...
A outra parte ficava na nova fronteira Amazônia...
O restante da área, a maior parte, agora era dividida em protetorados semi-internacionais...
Os campistas que tinham sido toupeiras no sentido figurado (nas trevas e quase cegos) agora viviam como esses roedores numa rede subterrânea de dutos e abrigos...
O ar da cidade era tão ruim que os poucos habitantes que restaram não suportavam respirar na superfície por um tempo superior a jornada de trabalho...
Parte do esforço produtivo era destinado a gerar oxigênio para as galerias...
Quando no início do século XXI alguns setores clamavam por uma gestão eficiente dos recursos naturais foram desterrados...
Escaparam da morte, mas foram obrigados a deixar a cidade...
junto com todos seus descendentes...
A Quarta, Quinta e Sexta Esquadra da Liga Internacional espreitavam a costa do território campista, e não eram incomuns os assaltos piratas aos navios petroleiros...
ora afundavam, ora os roubavam...
com esse embate, o litoral se transformou em uma faixa de óleo e sangue...!
Como é natural na escala evolutiva, os habitantes dos subterrâneos da planície desenvolveram mutações genéticas para melhor adaptação a severidade do ambiente...
No entanto, alguns dos exemplares daquela nova espécie também adotaram uma ética própria...
Uma espécie de vale-tudo não só pela sobrevivência, mas também na luta pelo controle político do território...
O governo da união e os parlamentares que transformaram esse pedaço de inferno em território federal formaram um conselho que indicava o líder, sem eleições ou qualquer outra forma de pleito...
Esse conselho era integrado pelos órgãos de mídia, que nessa nova era passou a controlar através de câmeras e pesquisas de opinião a vontade e o comportamento dos moradores das galerias...
A internet e qualquer forma de comunicação não-autorizada era considerada crime...!
As eleições se reduziram a consultas e observação dos padrões de conduta, que para fechar esse círculo eram largamente ditados pelos conselheiros...
Como não havia lugar suficiente, enm recursos disponíveis a todos, os crimes, dissidências políticas, e toda espécie de transgressão era punida com desterro...
ou a morte (de acordo não com a grevidade, mas sim do arbítrio do conselho e das pesquisas)...!Nesse ordenamento jurídico não havia aparato policial...Todos tinham armas e a tarefa de policiar era de todos...
suas atitudes para serem cumpridas deveriam ser submetidas ao conselho, caso contrário, quem aplicasse uma sanção ou prisão sem a aprovação do conselho seria desterrrado no lugar do injustiçado...!
Com o tempo o conselho editorial e de controle social (cecos) passaram a enfrentar um novo problema...!
Os toupeiras da planície passaram a se reproduzir em larga escla, e logo se esgotariam os meios de susbistência...
As empresas que operavam na superfície alegavam que não poderiam aumentar os recursos que destinavam aos toupeiras, bem como o governo federal e o resto do país não destinaria nenhuma ajuda...
Os "cecos" adotaram uma medida drástica...como não detinham poder, nem vontade política de forçar as empresas a distribuir a riqueza gerada (boatos diziam que os cecos eram subornados pelas empresas), os conselheiros marcaram a partir daquela data com um número...
através de um sorteio, parte dos nascidos eram desterrados aos 05 anos, outros aos 10, e assim por diante até os 60 anos...
Argumentavam que era uma forma de manter a sociedade heterogênea, com várias faixas etárias...e ao mesmo tempo controlar o excesso demográfico...
O limite era 60 anos porque a expectativa de vida se reduziu para essa média de idade...os que conseguissem (e eram pouquíssimos) atingir mais de 60 ganhavam com prêmio a permanência...!Continua...
interessante!!!